Talvez um dos que menos me incomoda em dias comuns - mas mais me inquieta em momentos tristes - é o fato de ter excluído meu primeiro blog. No finado "utilidades vernáculas" havia mais de 300 textos e rascunhos de textos que mostravam, em maior ou menor grau, idiotices sem par.
Hoje, como não tenho mais essa referência importante, começo praticamente do zero. Não possuo mais testículos incompletos esperando por complemento. Terei que criar em minha mente novos cenários, novas historias, novos desejos e sonhos para, por meio deles, gastar as teclas desse computador já surrado. Sinto-me como quem entra numa dimensão desconhecida, cujos caminhos - incontáveis - estão logo à frente cheios de aventuras e com aroma de coisa nova. Talvez alguns caminhos até já sejam por mim conhecidos - por já tê-los usado em outras rotas, noutros momentos - mas mesmo esses ainda me causam curiosidade. São os mesmos caminhos, claro, mas vistos por olhos que já não são mais os mesmos. E caminhos que são percorridos por pernas já cansadas.
Não peço - como não pedi noutrora - a sua mão para prosseguir. Nem os seus olhos para avaliar as letras, palavras e frases e nem tampouco seus ricos neurônios para avaliar minhas ideias. O que peço a você que por acidente (ou absoluto ócio) porventura navegue por essas páginas é que as delete da sua mente e principalmente do seu histórico de acessos. Nada aqui é feito para seu feitio ou aprovação, mas para alimentar o orgulho e o ego de alguém que já percebeu que sem os tais defeitos não viverá feliz.
Meu diálogo é comigo mesmo. Minhas ideias são minhas, e ponto. Não as divido com ninguém pois são todas tolas e sem sentido. Aliás, sentido elas fazem apenas para mim. Aqui, sou eu para mim mesmo. Aqui, me desnudo para mim e para Deus, que já sabe dos meus anseios mesmo antes deles existirem.
Deus, aliás, é a única pessoa que sempre esteve por aqui, mesmo quando estive ausente. Algo me diz que Ele está feliz com o meu retorno...
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